terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Como combater a queda de cabelo

É normal perder até 100 fios por dia, mas quando essa quantidade triplica é sinal de problema. Para saber se você está mesmo perdendo cabelo, acompanhe nossa investigação e veja o depoimento de outras vítimas. Vai ser mais fácil diagnosticar o culpado e combatê-lo.

Edição Ulrica D'Orey / Reportagem Simone Ota e Shâmia Salem
É para ficar de cabelo em pé: levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar aponta que 25% das brasileiras entre 35 e 40 anos e metade das que já passaram dessa faixa etária sofrem com algum tipo de calvície. Causadas por diversos fatores, como má alimentação, traumas emocionais, desequilíbrio hormonal, stress e até uso incorreto de secador, as falhas, diferentemente das dos homens, começam a aparecer na região frontal, expondo o couro cabeludo. “Por não saberem se a queda é mesmo normal, muitas mulheres procuram ajuda só quando a autoestima já está abalada e o problema em grau avançado”, diz a dermatologista e cirurgiã de calvície Maria Angélica Muricy Sanseverino, de São Paulo. O tricologista Ademir Júnior, também de São Paulo, ensina a identificar se é hora de consultar um especialista: divida o cabelo em quatro grandes mechas e, em cada uma delas, passe delicadamente dez vezes os dedos entre os fios, da raiz às pontas. “Se saírem mais de seis fios em cada área, é sinal de que o cabelo está caindo mais do que deveria”, alerta. Mas não se desespere. Aqui listamos os principais agentes causadores da queda e os tratamentos indicados.

Anemia

“A baixa quantidade de hemoglobina no sangue prejudica a oferta de oxigênio para o bulbo capilar, quebrando e afinando o fio”, explica o médico nutrólogo Abib Maldaun Neto, de São Paulo. SOLUÇÃO: É preciso aumentar a ingestão de alimentos ricos em ferro, como espinafre, carne vermelha, e de vitamina C, encontrada em frutas cítricas, que favorece a absorção do mineral. Em alguns casos, são indicados suplementos alimentares. “Na crise, me esforço para comer uns bifes. Em um mês, o cabelo e a saúde voltam ao normal”, diz Ana Paula.
Menopausa
O desequilíbrio hormonal é causado pelo aumento do hormônio DHT, que, em maior quantidade, atrofia a raiz dos fios. “Eles ficam mais finos, claros, fracos e com velocidade de crescimento reduzida”.  SOLUÇÃO: Loção capilar à base de minoxidil, sessões de laser frio de diodo e vitaminas especiais – todos eles estimulam o crescimento. Também é preciso bloquear a ação do hormônio com remédios prescritos pelo médico.

Alteração na tireoide e stress

Além desses dois vilões, dietas desequilibradas alteram o ciclo de vida dos fios, fazendo com que pulem da fase de crescimento para a de repouso, período em que já estão próximos da queda. SOLUÇÃO: São recomendadas no mínimo dez sessões de carboxiterapia a cada 15 dias. Com uma agulha, o gás é injetado no couro cabeludo para descolar e expandir o tecido. “Isso melhora a circulação sanguínea, nutre os folículos capilares e faz brotarem novos fios”, diz Ademir. Apesar de levarem pouco mais de cinco minutos, as sessões são incômodas.

Depressão

O problema não é a causa exclusiva da queda, mas contribui muito para desencadeá-la. “Isso ocorre porque a doença pode estar relacionada com a diminuição dos hormônios femininos. Além disso, alguns antidepressivos, em especial a fluoxetina, agem no bulbo capilar, prolongando a fase de queda”, explica o dermatologista Adriano Almeida, de São Paulo, diretor da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo (Sbec). SOLUÇÃO: Segundo o médico, se for possível interromper o uso de remédios contra a depressão, ótimo. Senão, é preciso trocá-los por outros que não interfiram no bulbo capilar, caso da paroxetina. A dermatologista Leila Gazi, de Três Lagoas (MS), recomenda melhorar a alimentação e aplicar loções tópicas com minoxidil.

Escova, secador e elástico

O calor do secador pode queimar o couro cabeludo e roubar água do fio, deixando o cabelo ressecado e suscetível à quebra; a fricção da escova lasca a cutícula (camada que protege o fio), fragilizando-o ainda mais; e a tração, seja provocada por escova, elástico ou trança, pode levar à perda da raiz com o passar dos anos. SOLUÇÃO: Somente a tesoura é capaz de eliminar o aspecto mastigado dos fios arrebentados. Já a reposição de água e proteína pode ser feita quinzenalmente no salão. Para renovar os fios queimados, uma loção com ativos antiqueda é fundamental. “A médica recomendou que eu usasse secador morno, a 20 centímetros de distância da cabeça, além de aplicar loção manipulada. Pediu para não ficar com o cabelo preso o tempo todo e maneirar na força na hora de fazer escova. Se o couro foi queimado, o tratamento exige aplicações de laser ou carboxiterapia. O local ficou pelado? Só o transplante capilar vai funcionar”.

Escova progressiva

O vilão é o formol, que deixa o fio liso e brilhante por fora, mas leva embora a água e as proteínas, essenciais à saúde da fibra capilar. A especialista Maria Angélica reforça: “Em excesso, até químicas como alisamento, relaxamento e descoloração quebram e afinam o fio”.
SOLUÇÃO: Evite procedimentos químicos quando os fios estiverem fragilizados e reforce hidratações profundas com queratina para encorpá-los. O médico vai avaliar a necessidade de receitar vitaminas e até a aplicação de laser frio de diodo para fortalecer.

Couro cabeludo inflamado

O organismo desenvolve anticorpos que inflamam o couro e levam à queda abrupta dos fios. “Pouco comum, o distúrbio deixa áreas peladas no couro”, diz a dermatologista Leila Gazi. SOLUÇÃO: A aplicação de injeções de corticoide nas áreas peladas inibe a produção de anticorpos. “Antes das picadas, uso crioterapia com nitrogênio líquido gelado para potencializar a absorção da substância. O resultado é rápido”, garante a médica.

Herança genética

Conhecida como alopecia androgenética, afeta homens e mulheres de maneira diferente. É facilmente identificada por falhas nas laterais da testa e na parte superior da cabeça – a coroa. Em nós, atinge a parte frontal, afinando os fios. SOLUÇÃO: A única saída é o transplante de unidades foliculares. Na cirurgia, retira-se da nuca uma faixa do couro cabeludo e os fios são colocados um a um onde há falhas. “A técnica só pode ser realizada com o cabelo da própria pessoa”, diz Maria Angélica.
Fonte: Revista Cláudia, editora Abril
              Cuidem dos seus cabelos!!!!  
Sandrine 

Um comentário:

  1. Parabéns pela sua informação saúde.Você blog, muitos iria escrever algo sobre o implante de cabelo.

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Comentários

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